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Um poema é sempre


Um poema é sempre
uma qualquer angústia que transborda.

(E eu posso cantá-lo de amor
posso cantá-lo de ódio
posso cantá-lo de roda...)

Um poema é sempre
como um rebento novo que se desdobra.

(E eu posso cantá-lo ao sol
posso cantá-lo de água
posso cantá-lo de sombra...)

Um poema é sempre
como uma lágrima que se solta.
(E eu posso cantá-lo como quiser:
há sempre uma palavra que me esconda...)


Glória de Sant'Anna - Escritora moçambicana


Homenagem ao dia da poesia (hoje!)

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